Nada de silencio, por favor...

“O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio.”

Não sei onde li esta frase, mas ela me agrada demais. Eu costumo escutar muita musica, desde os discos de jazz de meu pai, aos “rock’s” pesados de minha coletânea de CD’s, sempre que podia, colocava meus fones e “viajava” em cada nota, cada batida. Nunca fui de ficar no silencio total, isto me atordoa, pois é no silencio que meus pensamentos berram em minha cabeça... Esta noite lutei contra todos eles. Fiquei no silencio absoluto de meu quarto, pensando, pensando e pensando... Eu me perguntava o que mais “EU” queria. Esta foi a pergunta que George indagou naquela noite...

“Fernando, diz-me o que mais queres?”.

Eu não soube responder, fiquei estático, tentando achar algo válido como resposta... Tentativas em vão. Naquele momento eu olhei ao meu redor, e vi o quanto era satisfeito com o que tinha. Amigos, dinheiro, e uma banda, que por sinal já fazia algum tempo que não se apresentava... Tudo me satisfazia de tal forma que naquele momento eu não precisava mais de nada... A banda me colocava em estado de êxtase, quase em outro mundo... Todo aquele barulho que não era feito por qualquer ferramenta ou coisas do cotidiano, mas sim pelas minhas mãos. Como era bom escutar aquilo ecoando em minha cabeça... Era assim que eu queria passar os meus dias, tocando, compondo, estudando musica, eu tinha algo que me proporcionava isto Eu era o baterista da banda, que se chama “In Memoriam”.


“Nada como uma boa musica feita com amor... Ela soa como natureza... É algo natural! Que transpassa quaisquer sentimentos, aguça sentidos e nos faz pensar... Quem nunca se identificou com uma musica?”


Assim eu pensava, junto aos outros cinco amigos com quem dividia os palcos...

O talentoso Douglas com sua voz inconfundível, sabia usa-la muito bem, encantava moças com suas composições e sua voz afinada, impressionava as pessoas com seu don musical, quando mais jovem fazia parte da orquestra local de sua cidade, mas encantou-se pelas noites e foi atraído pela musica que tocavamos. Nos conheciamos já fazia algum tempo e precisavamos de mais um vocalista. Douglas foi convidado para um teste, saiu-se bem, entrou para banda e apaixonou-se pelo que faria durante anos adiante. Douglas era como todos na banda... Amava a noite, vivia por musica e bebia demasiadamente para uma pessoa só. O único não alcoólatra era Julio o baixista, a sabedoria em pessoa, por mais jovem que fosse sempre tinha pensamentos adiantados e conselhos bons a dar... Tínhamos uma ótima relação éramos como irmãos... A musica que tocávamos era diferente, bem feita, mas diferente. Para minha mãe fazíamos apenas barulho, mas para os jovens que nos ouviam, éramos como o cantor predileto dela.

2 comentários:

myphantoms disse...

realmente, o julio é a sabedoria em pessoa, acho que quando eu foz fazer minhas provas, vo levar ele cmg, pra me dar ajudinha HDUIOSHD. ta muito bom! *-* continuuuuua!

L. Cruz disse...

Sorte de quem conhece esses caras hein.
(y)

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